24 fevereiro 2016

Leio para vocês | Lágrimas de crocodilo


Leio para vocês

Alguém sabe de onde surgiu a expressão "lágrimas de crocodilo"?
Esta expressão é utilizada no sentido de "choro fácil", ou seja, alguém que finge um sentimento de tristeza. Os crocodilos, ao capturarem uma presa, mordem-na, engolindo-a inteira. Para isso, abrem muito a sua boca, fazendo com que a sua mandíbula comprima as glândulas lacrimais, provocando o lacrimejo. O crocodilo chora ao devorar a sua caça, sendo estas lágrimas mecânicas, na ausência de emoções.
Pois é! Este livro aborda o tema desta expressão de uma forma interessante para crianças e adultos. Tanto na forma (de carta enviada por avião), como no conteúdo! Aconselhamos a lerem!

 


 

 






 

Leio para vocês 

São estes os livros que crescem com elas. E elas com eles.

Sim, apontem no caderninho...
Lágrimas de crocodilo, de André François (texto e ilustração)
Bruaá Editora
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21 fevereiro 2016

Maravilhosas aldeias de Portugal


Uma viagem por Portugal, que continua a impressionar cada um de nós. O São Pedro não foi o melhor dos amigos nesta escapadela de carnaval, mas nada nos detém, quando não deixamos. E temos, com certeza, das aldeias históricas mais bonitas do mundo. Todas diferentes, únicas na sua beleza, na sua história. Temos ainda um povo que sabe bem receber, simpático e hospitaleiro. Deixem-se impressionar pela bela aldeia de Sortelha entre muralhas, pelas casas montadas em penedos de Monsanto ou pela aldeia presépio na encosta encaixada, Piódão.
E viajar com crianças? Sim ou não? A opção autocaravana resulta na perfeição. Elas adoram! E nós também! (com a garantia que no final de umas grandes férias neste mood, os pais fogem os 2 para um retiro de 24/48h num qualquer hotel de luxo onde o objectivo é fazer o mínimo possível. O ano passado foi Vidago Palace. Um luxo depois de outro luxo: as férias em família!).

Para passearem connosco pelas aldeias históricas de Portugal, viagem pelos 4 links: 1, 2, 3, 4.








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18 fevereiro 2016

De autocaravana pelas aldeias históricas de Portugal - parte III


Penha Garcia
As miúdas dormiam um sono maravilhoso ao chegar a Penha Garcia. Fomos um pouco (bastante) à solta, sem preparar viagem, sem estudar a coisa muito profundamente. Traçamos percurso e pouco mais. Estávamos em Portugal, ligados à internet, comunicando na nossa língua, com o nosso povo hospitaleiro. Confiança. Estávamos em casa. Este era o lema. Quero com isto dizer: não sabíamos o que íamos encontrar neste local. Ponto final. Parágrafo.
E como as belas adormecidas continuavam belas e também adormecidas, a mãe voluntaria-se a subir ao topo da aldeia, para avaliar a coisa e trazer notícias à família. Mãe sobe ruas e ruelas, íngremes e sinuosas, até chegar ao castelo. Qual não é o seu fascínio quando os seus olhos piscam ao olhar para baixo: um parque icnológico fantástico. E piscinas naturais, uma barragem, casinhas pequenas e pessoas minúsculas que por lá serpenteiam. Uma vista única. Diferente de tudo que tínhamos visto anteriormente. Como lá chegar com duas pequenas?
A volta à família, ansiosa por contar novidades, sem bateria e possibilidade de contato, foi dificultada pela falta de orientação desta mãe sem a sua bússola (o pai). Mas lá cheguei.  As belas continuam belas mas acordadas. Num parque infantil. De viatura (casa) lá chegamos perto (via lar de idosos, como o indicado), percorrendo um pequeno caminho a pé, sem dificuldade. Piscinas naturais e uns caminhos que deixaram as pequenas (mais a maior, a grande aventureira) felizes por escalarem e serem muito radicais. Batemos à porta das casinhas, sentamos nos banquinhos a descansar e aproveitamos ao máximo este passeio fantástico por este lugar único que remonta a 480 milhões de anos, quando a região era banhada pelo oceano. São visíveis vestígios de seres marinhos de há muitos, muitos milhões de anos...
O pai e a mana ainda foram à barragem enquanto nós voltamos a casa, felizes. Lugar único este. Recomendadíssimo! 







De visão e corações cheios com tudo o que esta viagem nos tem dado, seguimos para a aldeia histórica de Monsanto. Além de aldeia histórica, esta foi também considerada a Aldeia Mais Portuguesa de Portugal! 
Algum desconhecimento foi benvindo também afinal. As elevadas expetativas sobre a aldeia não foram defraudadas. A subida revela-se única e autêntica a cada esquina. A cada penedo. E à sua relação com a construção. Mas o percurso é demasiado extenso e um pouco exigente para as crianças. Sem saber, lá fomos subindo e entre queixas e algumas promessas dos pais, as justificadas "chantagens" ou "prémios" como prefiro chamar, e... objetivo final alcançado por todos!  E as marafonas em miniatura tiveram que vir! Ok, confesso! Mais um geladinho ao descer, para recuperar a energia gasta! Porque elas mereceram! Palmas a elas! E a Monsanto!












                                                                              Marafonas de Monsanto


Dicas para autocaravanistas: usamos os serviços de uma ASA no Sabugal; pernoitamos num parque de estacionamento na subida para Monsanto, não o mais perto que estas viaturas podem ir, mas mais abaixo. E mais plano. Mais uma vez, tranquilos. Na medida do possível, era noite de Carnaval... Ninguém leva a mal! 

(Existem imensos percursos para fazer a pé; obviamente, sem crianças pequenas. Informem-se!)
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16 fevereiro 2016

De autocaravana pelas aldeias históricas de Portugal - parte IV


Idanha a Velha 
Chegados a Idanha, parámos a Maria, perto de um dos ex libris da aldeia: a Ponte Romana. 
Entramos numa aldeia ainda adormecida, com pouco movimento e um vento gelado cortante. Um café para acordar a alma e seguimos rumo ao desconhecido que queremos conhecer. Pelourinho, rua acima, rua abaixo, algumas ruínas, a casa da família Marrocos abandonada (e um potencial enorme de espaço a recuperar). Ainda a Porta Norte e alguns (sempre muitos, nunca demasiados) registos fotográficos feitos, como não podia deixar de ser...
 





 

Castelo Novo
Chuvisca em Castelo Novo. Estacionamos no Largo do Município, junto ao pelourinho. Almoçamos nos nossos 18m2 abrigados, na esperança que a chuva se vá com o vento. Mas não. Guarda chuvas em punho e lá vamos nós. Miúdas felizes com pouco: não dizem mal da chuva; alegram-se por abrir suas preciosidades do "Frozen" ou da Minnie, num estilo transparente cool, menos bebé, diria a mais velha....
Castelo Novo acima, rumo ao castelo, obviamente. "Outro castelo! Nós gostamos de castelos", dizem elas! Uma intervenção dos dias de hoje em perfeita harmonia com o antigo castelo, foi o que encontramos. E gostamos! 
 

 





 
 
Piódão
As condições meteorológicas pioram a olhos vistos e temos a maior viagem entre aldeias para fazer: de Castelo Novo a Piódão. Siga que para a frente é o caminho! Não vou dizer que foi fácil. Não foi. Uma estrada cortada (não pelo mau tempo do dia, mas porque "abateu", disseram-nos num café, encolhendo os ombros. (Esperamos que não seja normal abaterem-se estradas por aí, pensamos nós). E dai resultam muitos mais quilómetros em estrada menos boa, Serra do Açor acima. Resumindo: muita chuva, muitíssimo vento, e muita reza minha para não virem carros de frente a cada curva. Muita concentração, alguma tensão, e muitas apitadelas ao entrar nas curvas, assim como a falta de paciência do pai para com os medos legítimos (digo eu, a própria!) da mãe. Olha Piódão lá em baixo, diz o pai. Mas eu só quero é ESTAR em Piódão!, penso eu!  (parar, estacionar, o que seja sem movimento em veículo imenso para aquelas estradas com aquelas condições meteorológicas...). Não fotografas?!, pergunta ele, parando na estrada. Silêncio. Respiro. Passo-lhe a máquina para a mão e penso: está quase...
Chegámos a Piódão, terra que tanto teimou em não aparecer! 
O deslumbre pela sua arquitetura é imediato, qual presépio na abrupta escarpa montado.
Estacionados na praça central, recuperamos energias à lareira, com iguarias locais, na esperança que São Pedro alterasse este seu temperamento "em bica". Mas nada. Uma pequena passeata por estas inóspitas ruelas não podia faltar mas o vento era tal, que se tornava uma luta segurar o guarda chuva nas mãos e os pés no chão.
Para piorar a situação a mãe adoece. Retiro na Maria o resto do dia. Da noite. 
Pela manhã o tempo não melhora. Parece que os céus se zangaram connosco. Não há forças para combater a força desta revoltada natureza. Voltaríamos a casa. Com calma. É a decisão final.
Mas deixo-vos com a ideia de que é uma aldeia única. Negra do xisto. Com o branco contrastante da igreja. Meticulosamente, encaixa as suas casas nas sinuosas e estreitas ruelas. Pontada a azul. Harmoniosa. Sublime. 
Ao sair do Piódão, na estrada, olho esta aldeia à direita e registo uma última imagem. Até um dia! Voltarei para te ver! Num lindo dia de sol!
 
 










 


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De autocaravana pelas aldeias históricas de Portugal - parte II

 
 

 De barriga cheia seguimos para a próxima paragem: Belmonte. Aqui corremos a subir ao castelo. Percorremos cada canto da muralha deste e subimos à torre, espreitando em cada ameia. Vimos Belmonte de cima, muito bem empoleirados. E logo descemos para no parque infantil brincar. Porque nem só de programas de adultos se trata esta viagem. A adaptação tem que ser feita para que se sintam felizes. Só assim pode ser! 



 






 
  
Sortelha
Sortelha surpreende-nos logo na chegada, ao contornarmos toda a muralha, escolhendo o melhor sítio para estacionar a Maria. Entrados pela parte superior, deixamo-nos encantar pelos seus telhados, por um olhar de fim de tarde visto dos céus, onde as casinhas se encaixam meticulosamente, abrindo brechas a ruelas desenhadas a dedo, por um qualquer artista a quem batemos palmas de pé! 
Ao amanhecer percorremos as suas ruas, fotografando cada casa, janela, ou porta que nos seduz (muitas, muitas). Tudo pequeno, tudo com detalhe, tudo com muito amor. Cumprimentando gatos e gatinhos, subimos a tomar um café que sempre faz falta,  num lugar perdido e escuro que tão bem achamos. Mais uma janela para o mundo e para a alma que fotografamos. E mais um pelourinho, um castelo e um artista. O Sr. Carlos, carpinteiro e artista na arte das madeiras, com quem brindamos (com o seu licor de laranja caseiro) ao negócio acabado de assinar com um aperto de mãos. A nossa sala ganhou uma mesa de centro em castanho, tosca mas também uma peça de design da natureza, com todas as curvas e (d)efeitos que a vida desenhou nesta árvore. 
Sortelha é uma das mais belas e antigas vilas portuguesas. Concordamos e assinamos por baixo!
 
 




 



 

Dicas para autocaravanistas (e não só): pernoitamos em Sortelha, perto do castelo (à porta, sem qualquer problema). Mal estacionamos, fez-se noite. Andavam uns vultos a rondar a zona, mirando o telemóvel e procurando algo... O pai desta família saiu para confirmar a sua suspeita: seria geocaching? Conhecem esta prática? O Geocaching é uma caça ao tesouro dos tempos modernos, jogado ao ar livre no mundo inteiro com receptores de GPS. A ideia base do jogo é dirigir-se até umas coordenadas específicas e encontrar a geocache (recipiente) escondida nesse local. Aqui o pai ajudou os dois casais a encontrarem o seu tesouro, alcançando estes o seu objectivo: "com a ajuda do senhor da caravana", escreveram estes na geocache!





 

 

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