22 setembro 2017

Adeus verão!

Adeus verão. Agradeço cada quente raio de sol e a frescura de cada lambidela. Venham agora as quentes cores outonais, o som do pisar das folhas e as castanhas. E que antes de entrar no frio, de me cobrir com a manta e de ouvir o crepitar da lareira, venha ainda o calor do nosso querido São Martinho. Gosto que a coisa flua devagar, como aquele fim de tarde pintado a aguarela e regado a tinto, que queremos em vão por em modo pause. Mas, e porque o pause é só para o momento, siga em play, que estou curiosa com o que está para vir. Abro-te a porta. Podes entrar querido outono! 🍁🍂


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19 setembro 2017

Mica-me, amor

Calma. Sê paciente. Observa. Mexe-te com subtileza. Com esse sorriso nos lábios e paz no teu coração. Toca. Sem medo. Nem tudo vai desmoronar. E, ainda que estremeça, é só um jogo. Tal como a vida, amor. Só mais um jogo. Mica-me. Eu quero tudo menos não mexer. Eu quero contigo estremecer. Mica-me amor.


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12 setembro 2017

A escola

O meu amor mais "pequenino" engrenou no mundo da escolaridade. Do fundo deste coração apertadinho de mãe desejo que nunca deixe de brincar, que "aprenda a escola" antes dos currículos escolares e que queira sempre para lá "fugir". Que encontre profissionais à altura que a ajudem a crescer, para além de aprender. Colegas e amigos para construir a sua história. E que consiga sempre lidar com as dificuldades, as manipule e lhe sirvam de arremesso para um futuro risonho.
Meu amor, estarei aqui para te oferecer as rotinas que serão a base da tua serenidade. E o colo para as inevitáveis angústias.
Comprometo-me ao meu papel de mãe, com toda a emoção e insegurança implícitos, mas sempre com a mão mais segura e firme que possas sentir: a do meu amor. Seguimos juntas, pequenina. De mãos dadas. Aperta esta mão segura. Serei pedra, se assim tiver que ser. Apertarei tua mão na mesma intensidade com que aperta o meu coração.



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07 setembro 2017

Loucura

Festejamos o acordar emaranhando-nos em mil beijos. À noite, respeitamos espaços e vontades. Cada uma na sua cama, na vontade de dormir à sua maneira. Mas de manhã corremos todas para a mesma. Enrolamo-nos. Brincamos. Beijamo-nos. E eu cheiro o vosso pescoço suado como se o ligeiro cheiro a azedo do transpirar da noite fosse a mais maravilhosa brisa matinal. Loucura?! Talvez seja. Eu chamo-lhe: coisas de mãe. Que é basicamente a mesma coisa. ❤️


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02 setembro 2017

Quem mexeu no meu queijo?

Vou sempre gostar de queijo. E ainda que não o encontre no mesmo sítio, hei-de sempre procurá-lo. Por caminhos não percorridos onde se descobrem locais mágicos. E ainda que não seja o mesmo, sei que vou encontrá-lo. Um novo queijo. Com mais buracos, cheiro mais intenso e mais sabor. Alguém mexeu no meu queijo, eu sei. Mas, depois do susto de não o encontrar no local certo, ainda procurarei esse alguém para lhe agradecer. Esse alguém que mexeu no meu queijo.



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26 agosto 2017

O filme corre de forma veloz pelos céus

Porque haveremos de desejar ver o céu limpo, se há tanta beleza em lá podermos escrever, em fofo algodão branco, o nosso destino? Se lá podemos encontrar o encanto, transformar farrapos em obras de arte, imaginar que o mundo é redondo e sem fim... Porquê querer um céu limpo de tudo e de nada, quando me deito contigo na areia, o filme corre de forma veloz pelos céus e o mundo para para nós?


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16 agosto 2017

Família

Colhemos amoras silvestres, figos da figueira e laranjas da laranjeira. Corremos, cozinhamos petiscos com toda a imaginação e com os melhores ingredientes, os criados por vós. Refrescamos esta nossa alegria na melhor piscina para o momento: o tanque que sempre lavou os trapos à nossa família. Comemos tudo, com sabor a nosso e a liberdade. E hoje acordamos mais nós. Esprememos as nossas laranjas, por nós colhidas. E, juntas, bebemos. Sabe bem. Sabe a nosso.


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21 julho 2017

Dou-te de bandeja, meu amor. A letra A!




É hoje. Hoje saberei se entrarás para a escola da mana (e nem de longe imagino outra opção). Hoje saberei em que turma estrategicamente te colocaram, para entrares num mundo novo onde aprenderás as letras, os números, e um rol de outras matérias também.... onde espero que as "matérias" sejam o menos no tanto que podes aprender. Cresças respeitada e a respeitar. Onde faças amigos para a vida, tal como a mãe, e onde aprendas também na queda e na desilusão. Estas existirão. É certo. E só espero aconteçam ao lado de quem te possa amparar e te ajude a levantar quando rasgares os joelhos. E a alma. Esta, por vezes, também precisa de lavagem com soro, de desinfectante e, muitas vezes, do cicatrizante com maior eficácia: a amizade. 

A minha caçula vai para a escola. E a mãe sente a dor de barriga que sentiu quando foi pela primeira vez. E a mesma emoção de há 2 anos, quando a mana também entrou por este portão que vejo enorme e que vos leva a prosseguir na vida, longe do colo e das saias da mãe, nesta coisa importante que é a escolaridade. E não será esta propriamente que me preocupa e emociona, mas sim ver-vos crescer. Ter todos os dias que me despedir de um bocadinho de vós para conhecer outro. Do cheirinho de bebé para os perfumes e batons de menina, das barriguinhas redondas aos umbigos de fora com os tops mais na moda, dos mil sarrabiscos e papelinhos com desenhos nos meus bolsos aos escritos nos diários mais secretos...  

Hoje estás com febre na casa dos avós, caçulinha. Com todo o mimo que mereces. E eu aguardo com alguma ansiedade dar-te boas notícias. Ambiciono ler-te nomes teus conhecidos da lista onde estarás impressa e que te alinhará nos lugares da sala numa casa nova. Mais uma. São estes nomes, gritados por ti tantas vezes entre brincadeiras, que espero te dêem o conforto que não conseguirei dar-te por não poder lá estar. Em presença física. Porque a minha química, essa estará sempre contigo. 
Desejo profundamente que sigas equilibrada nos malabarismos da vida, e que te saibas contorcer perante as vibrações, com a delicadeza dos movimentos da tua dança de ballet. Prometo ser rede e colo a cada tropeço nas fitas das sabrinas, e ajudar-te a dar, novamente, um forte laço nas mesmas. 

Mas, por agora, o que quero mesmo é algo banal: dar-te a letra A. Porque na tua doce ingenuidade e na vontade de seguir religiosamente a mana mais velha, geneticamente líder, e os seus mais ferozes ensinamentos de escola primária, me confessaste um sonho: ficar na turma A. Porque entre rimas e rivalidades, o "1 A é a melhor turma que há! "

Nota. Este texto foi escrito hoje pela manhã, com alguma expectativa. O título só foi escolhido após conhecimento das turmas 😀❤️
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01 julho 2017

Amor perfeito também mete água...

Benditas as águas que nos fazem felizes. Sejam salgadas, bromadas ou até cloradas. Sejam lágrimas que nos aliviam as dores, sejam lágrimas que largamos de tanto rir, sejam as águas da chuva que nos lavam a alma e que arrastam os males pelas sarjetas. As melhores águas rebentaram-me há uns anos. E hoje, a cada dia, celebramos com água este nosso laço. Este elo umbilical que nos une e que assume a culpa do nó cego que há muito me cegou de amor. Vocês são a melhor laçada da minha vida. E a única que nunca quererei desenlaçar...


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28 maio 2017

Minha finalista, tu arrasaste!



Ainda a sala estava vazia e eu sentia-me assim. Ainda as palavras estavam só no papel e eu já me sentia assim. Espreitei o final da história e tive a lúcida noção que um coração acelerado de Mãe não aguentaria a emoção. A lágrima venceria. E se libertaria na fragilidade desta mãe a letra pequena escrita. Seria assim [por muito que trincasse o lábio na infrutífera tentativa de o controlar]. A cilada estava bem montada. Uma cilada que abrangeria os próprios realizadores deste sonho. Porque também eles perderiam o pio no calor da emoção. Tremeriam nas dissertações, engasgados pelos nós cegos que só o amor consegue fazer. Qual montanha russa, qual quê. O turbilhão morou aqui. Neste local e com estes pequenos GRANDES finalistas. Neste evoluir de bebés a crianças. Neste crescer nos melhores colos e nas mãos mais seguras. Mãos que amparam nas quedas mas que também os levantam, os curam e os ensinam a cair e levantar melhor. 
Foi pura emoção e houve tanto mas tanto amor em cada pormenor que as minhas emocionadas palavras nunca chegariam para agradecer esta parceria entre colégio, educadores, auxiliares e pais. Uma família. 
Uma família que agradeço aos céus ser também a das minhas crias. E a todos desejo o melhor. Parabéns a todos os finalistas! Mas um especial grito à minha: amar-te-ei em cada etapa. Serei ponte para cada salto teu! E tu, como sempre, arrasaste! 👊🏻
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25 maio 2017

Quero-te regar, minha Flor...




Hoje fazes anos, minha Flor. Minha mais doce Flor. Não poderia eu dar mais doce Flor a este mundo com poucos jardins. E a ti sou grata por poder dizer isto "à boca cheia" [ainda que te diga que não se fala de boca cheia].
Do teu pólen, nasce o mel mais puro e mais purificante. És a cria que me purifica com tanta doçura a cada mimo, a cada pedacinho de fragilidade inata em ti. És pedacinhos de amor que me deliciam desfazendo-se suavemente na minha boca. És singelo perfume a flor quando fazes dançar teus cabelos. Cheiras a Flor. E a bebé. Ou talvez seja no meu nariz (e no meu coração) que ainda vive esse odor. 
Quero-te regar, minha Flor. Quererei sempre regar-te com a mais pura das águas. O meu mais cristalino e transparente amor. 
Quero cuidar de ti. Sempre. Ser substrato resolvedor de todos os teus medos, angústias ou saudades. Que me sugues a cada necessidade. Suga-me até ao tutano, meu amor. Chegará um sorriso teu para me encher de novo. 
Quero dar-te de novo a paz. É o que eu mais quero. A vida não cabe nas minhas mãos, meu amor. A vida tropeça e por vezes cai, minha Flor. 
Olha bem para nós. Não vês que é de nós o jardim? Não vês que é para nós este imenso jardim?!...
Sorri com esse coração lindo e grande. Com esse olhar único tão sedutor.
E não me fujas com esse coração alegre e saudoso, malandra. Caminha comigo à beira rio. Vais ver que este rio faz crescer. Faz crescer feliz e faz voltar. Faz voltar esse coraçãozinho sedento de mimo, que é meu. Sim, se vais, vais também voltar, meu amor. Este rio faz voltar. Faz voltar o que tens, minha Flor. Faz voltar o que tens porque é meu. ❤️




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17 maio 2017

8 anos de puro amor...





Estás crescida miúda. 
De tal forma que parece que tenho uma amiga e não só uma filha. Uma companheira. Que não só protejo como me protege. Que me orienta quando me desoriento. Que não mostra fraqueza mas sim resistência. Uma lutadora. De bem com a vida. Sem grandes medos. E sempre a ultrapassar desafios.
Meu amor, não pensei que tudo corresse a tal velocidade. Que crescesses tanto sem eu colocar adubo que não fosse o mais puro dos amores. Que não fosses delicadeza mas a ferocidade em pessoa. Que arrastasses o mundo no caminho que pretendes seguir. 
Não pensei, meu amor. Nunca imaginei. Que tivesses que crescer tanto para não mostrar o quanto és pequena ainda. Com todo o direito de o ser. Sê-o, meu amor. E eu serei o teu escudo. Serei redoma onde livre criança possas ser. Esquece quem te gaba por seres crescida, meu amor. Ainda não é tempo de o seres. 
Para mim, vais sempre ser a minha pequena. No meu colo poderás aninhar-te pedindo afago sem sequer falar. Encher-te-ei de mimo como se fosses a minha bebé [ainda o és, meu amor]. Só nós. E ninguém precisará de saber... 
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14 maio 2017

As minhas asas...



As minhas asas são cada palavra que vos toca. As minhas asas são cada voo vosso de página em página. São sentimentos puros. A partilha. A viagem. A criação. E a fantasia. As minhas asas são de papel. Mas de um papel que não se rasga nem se desfaz. Ainda que o São Pedro as queira abençoar. Podem chover catadupas de água. Que seja benta. E as minhas asas abraçarão cada benção, como que sedentas estivessem de águas frescas. E nunca se molharão. Porque as minhas asas são da fibra de cada um de vós. De cada um dos meus queridos leitores. Sempre livres e em planagem perfeita. Mas sempre debaixo das minhas asas também. ❣️

Aos adoráveis meninos e meninas do Colégio Guadalupe, que me receberam tão bem. E que com o seu maravilhoso interesse e adorável inocência e entrega, me emocionaram com as suas perguntas. Deixo algumas de muitas palavras que ficaram...

É a Luisa Ducla Soares? 😂...

Já leu o seu livro em profundidade?!...

Acho que é uma GRANDE pessoa. Dá-me um autógrafo?

Depois de fazer uma coisa tão importante como
escrever um livro, o que sente ao acordar todos os dias? 

...

Profundamente grata, queridos pequenos leitores. Abraço-vos a todos com as minhas asas.
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01 maio 2017

Maio



Maio. Foste o mês que maiores felicidades me deu. Deste-me únicas e as melhores das primaveras. As mais belas flores que poderia imaginar ver crescer. És o meu mês do amor. Porque me fizeste sentir um amor tão profundo e gigante que dói de não caber no meu coração. Dói na ausência. Dói na incerteza de confiar o nosso exacerbado amor às mãos de outros. Dói no exemplo que não querias dar. E de tanto mais que não querias. E de tanto que querias também. Para TODOS os dias. Os todos os dias roubados. 
Maio. Não posso ser maio todos os dias agora. Mas todos os dias vou ser maio. Prometo.
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01 janeiro 2017

Muito brilho


Um 2017 cheio de brilho. ✨✨
Na mesa de festa (ou não). Na roupa. No desenho. Na sombra. No sapato da noite (ou do dia). Naquele presente. No laço. No teu caminho. Nos lábios. No teu coração. 
Põe brilho e brio em tudo que fazes. Brilho no olhar. Brio no cintilar.
Põe brilho e brio em tudo o que sentes. Brilho no amor. Brio no amar.


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